Agência France-Presse
postado em 10/11/2015 12:28
Pequim, China - A China poderia registrar cerca de 3 milhões de nascimentos adicionais anualmente, após o fim da sua política de filho único, o que ajudaria a sustentar o crescimento econômico, disseram autoridades chinesas nesta terça-feira (10/11).
[SAIBAMAIS]Pequim anunciou no final de outubro que todos os casais chineses poderão ter dois filhos, independentemente da sua situação. Esta decisão histórica acabou com a política de filho único, em vigor há 35 anos, criticada tanto por seus abusos, incluindo abortos forçados, como pelo desequilíbrio demográfico - envelhecimento da população, e população masculina maior que a feminina.
Com esta mudança de política, cerca de 90 milhões de chineses poderão ter um segundo filho, indicou nesta terça-feira Pei;an Wang, vice-ministro da Saúde e Planejamento Familiar, em conferência de imprensa.
Contudo, metade desses casais tem atualmente entre 40 e 49 anos, o que poderia limitar a sua capacidade ou o desejo de ter outro filho, segundo admitiu Wang.
A política do filho único tinha algumas exceções, uma vez que a grande maioria das 55 minorias étnicas no país não eram obrigadas a obedecê-la, bem como casais rurais cujo primeiro filho fosse uma menina.
Em 2013, o governo autorizou os casais em que pelo menos um dos membros fosse filho único a ter dois filhos. Mas a medida não aumentou os nascimentos no país, o mais populoso do mundo, com 1,3 bilhão de habitantes.
No entanto, Wang Pei;an confia que o fim da política do filho único para todos os casais resultará em cerca de 3 milhões de nascimentos adicionais por ano nos próximos cinco anos. Cerca de 17 milhões de bebês nasceram na China em 2014.