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Organização internacional questiona eleições legislativas na Venezuela

Em carta aberta, OEA atesta que não há garantias de transparência e justiça eleitoral

Agência France-Presse
postado em 10/11/2015 17:38
As condições em que a Venezuela organiza as eleições legislativas de 6 de dezembro "não garantem a transparência e a justiça eleitoral", indicou nesta terça-feira o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro.

[SAIBAMAIS]Em uma carta aberta de 18 páginas enviada à presidente da Comissão Nacional Eleitoral da Venezuela, Tibisay Lucena, Almagro acrescentou que "ante a menor dúvida sobre o funcionamento da democracia, o nosso dever (...) é o de dar garantias a todos e não desviar o olhar ou fechar os ouvidos à realidade".

Almagro afirma ainda que "estaríamos faltando gravemente em nosso trabalho se não considerarmos as condições em que ocorrem a campanha eleitoral na Venezuela".

Por isso, acrescentou, "é preocupante concluir, após análise dessas condições, que, atualmente, as dificuldades só atingem os partidos da oposição".

Entre os problemas identificados, Almagro apontou a prisão do líder da oposição Leopoldo Lopez, e mencionou que "há tempos no nosso continente um dos principais líderes da oposição é mantido preso durante uma eleição".

Ele também mencionou denúncias sobre as dificuldades da oposição aos meios de comunicação, a desqualificação de candidatos e obstáculos no acesso aos recursos financeiros.

Em outubro, o governo da Venezuela rejeitou uma oferta da OEA de envio de uma missão de observação para as eleições.

A carta de Almagro revela que a própria Lucena enviou uma "resposta amigável", na qual "lamentavelmente rejeita o envio da missão de observação eleitoral".

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