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Oposição venezuelana quer revogar mandato de Maduro

O líder opositor Leopoldo López publicou em seu Twitter que "a mudança política na Venezuela" vai ocorrer em 2016

Agência France-Presse
postado em 10/11/2015 17:45
O líder opositor Leopoldo López publicou em seu Twitter que
[SAIBAMAIS]A oposição venezuelana promoverá no primeiro semestre de 2016 a revogação do mandato do presidente Nicolás Maduro ou sua renúncia, revelou o líder opositor rebelde preso, Leopoldo López, em carta divulgada nesta terça-feira (10/11).

"Não se pode esperar as eleições presidenciais do ano de 2019 (...) A mudança política na Venezuela tem data e é o primeiro semestre de 2016", escreveu López em uma conta no Twitter, gerenciada por sua esposa, Lilian Tintori.

No manuscrito datado da prisão militar de Ramo Verde, na periferia de Caracas, o dirigente explicou que tal mudança abrange quatro opções: uma "emenda" constitucional, a "renúncia" ou o referendo "revogatório" do mandato de Maduro e uma "Constituinte".

Segundo López, os partidos que formam a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) acordaram em julho realizar uma "discussão profunda sobre qual mecanismo ativar para se conseguir a mudança".

Nesta linha, o primeiro objetivo será conseguir a maioria na Assembleia Legislativa nas eleições do próximo 6 de dezembro, afirmou López, que convidou seus partidários a "sair para defender estes votos pacificamente".

Líder da ala radical da oposição venezuelana, López foi condenado a 13 anos e nove meses de prisão em 10 de setembro passado por incitar a violência durante os protestos contra o governo socialista de Maduro, que deixaram 43 mortos entre fevereiro e maio de 2014.

López implantou uma estratégia denominada "a saída", que buscava forçar a renúncia de Maduro por meio de manifestações de rua contra a sua gestão, marcada pela insegurança, uma intensa escassez de produtos básicos e alta inflação.

Pela primeira vez desde que chegou ao poder em 1999, o chavismo terá que enfrentar eleições parlamentares em que a oposição aparece com vantagem de 14 a 31 pontos em várias pesquisas, embora o governo cite pesquisas de opinião que o favorecem com uma votação de 40%.

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