Jerusalém - O Supremo Tribunal de Israel autorizou nesta quinta-feira (12/11) a demolição de cinco casas de palestinos acusados de participar de atentados contra israelenses, informou o ministério da Justiça.
A decisão ocorre no momento em que a Cisjordânia ocupada, Jerusalém e Israel são sacudidos por uma onda de violência.
A medida envolve a derrubada de três casas em Nablus, no norte da Cisjordânia, as primeiras a serem demolidas desde o início da atual escalada, no início de outubro.
O assassinato de um casal de colonos israelenses diante de seus filhos, no dia 1; de outubro na região de Nablus, marcou o início da espiral de violência, e as três casas que serão demolidas pertencem aos supostos assassinos, Yahya Haj Hamed, Kerem Razek e Yet Samir Kusa, detidos por Israel e apontados como membros de uma célula do Hamas, o movimento islâmico palestino.
As outras duas casas, que se encontram na região de Ramallah e no campo de refugiados de Qalandiya, serão destruídas por duas mortes de israelenses ocorridas em junho deste ano.
A decisão do Supremo Tribunal ocorre após uma polêmica entre o judiciário e a extrema direita aliada ao governo.
Um dos principais aliados da coalizão governamental do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o ministro da Educação, Naftali Bennett, do Partido Lar Judeu, acusou abertamente o Supremo de "deter o combate ao terrorismo" por não aprovar as demolições com a velocidade necessária.
Diante da multiplicação dos atentados, Netanyahu prometeu acelerar as demolições, como "medida dissuasória".