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Juiz dos EUA derruba decisão de retirar guarda de bebê de casal de lésbicas

Os homossexuais não têm restrições para adotar desde que a Suprema Corte dos Estados Unidos legalizou em 26 de junho o casamento entre pessoas do mesmo sexo

Agência France-Presse
postado em 13/11/2015 18:12
Além disso, marcou uma audiência para 4 de dezembro durante a qual será determinado com quem deve viver a pequena de nove meses. O advogado do casal, Jim Hunnicutt, não conseguiu ser contatado imediatamente pela AFP para comentar o caso.

Peirce e Hoagland, casadas desde o ano passado, estavam no processo de adotar a menina que acolheram no meio deste ano. Mas, contra todos as expectativas, o juiz Johansen paralisou o caso na terça-feira (10/11) tendo como base uma investigação segundo a qual as crianças estão melhor com famílias heterossexuais, embora não tenha apresentado nenhum documento para justificar seu parecer.

O casal e os serviços sociais de Utah (oeste) apresentaram na quinta-feira (12/11) apelações separadas à decisão, que contradiz as leis federais. Os homossexuais não têm restrições para adotar desde que a Suprema Corte dos Estados Unidos legalizou em 26 de junho o casamento entre pessoas do mesmo sexo. "Nunca pensei que algo assim poderia voltar a acontecer", declarou nesta semana Peirce, que está criando seus dois filhos biológicos com a Hoagland.



O juiz Johansen "nunca esteve em nossa casa, não passou tempo com nossa filha, ou nossos filhos, então não sabe de nada", afirmou a mulher. "A amamos muito e ela nos ama também, e não fizemos nada de mal", afirmou.

A decisão do juiz surpreendeu tanto os serviços sociais como a mãe biológica da menina, que apoiam a adoção, e provocou indignação entres os grupos que lutam pelos direitos da comunidade LGBT. Peirce e Hoagland estão convencidas de que o juiz quis paralisar a adoção por suas crenças religiosas. Mais da metade dos 3 milhões de habitantes de Utah são mórmons e criticam os casais homossexuais.

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