Agência France-Presse
postado em 13/11/2015 18:51
Praga, República Tcheca - O presidente sírio, Bashar al-Assad, "deve partir, como parte da transição na Síria", declarou nesta sexta-feira (13/11) em Praga o ministro das Relações Exteriores britânico, Philip Hammond. Hammond reconheceu, no entanto, que "se houver uma transição ele poderia participar". "Mantemos nossa posição muito clara: não vamos procurar destruir as instituições do governo na Síria. Dizemos claramente que queremos manter as instituições", insistiu o chefe do Foreing Office.O ministro britânico se pronunciou na véspera das discussões internacionais em Viena reunindo vinte países com o objetivo de traçar os contornos de uma transição política na Síria, devastada por quatro anos e meio de guerra.
Já o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira que não se sentia no "direito" de pedir ao presidente Assad que deixe o poder, conforme exigido pelos países ocidentais e árabes.
"A Síria é um país soberano e Bashar al Assad, um presidente eleito pelo povo. Sendo assim, temos o direito de falar com ele sobre este assunto? Certamente que não", disse Putin em coletiva de imprensa com as agências de notícias Interfax e Anatolia.
A Rússia e o Irã, principais aliados do regime de Damasco, não concordam com os Estados Unidos e seus aliados europeus e árabes sobre o destino de Bashar al-Assad.