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Quem são os terroristas? Investigação vai determinar como suicidas atacaram

Testemunhas disseram que um ou mais atacantes gritaram em francês, o que também sugere a nacionalidade francesa

Agência France-Presse
postado em 14/11/2015 13:09
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Paris, França -
Quem são os agressores, seus cúmplices e patrocinadores? A investigação, que será longa, deverá determinar como suicidas foram capazes de coordenar a cometer tal carnificina em Paris, em nome do grupo Estado Islâmico (EI) na sexta-feira à noite.

Quem são os suicidas?

Os restos dos corpos dos homens-bomba que se explodiram em três locais de ataque (Boulevard Voltaire, casa de espetáculos Bataclan e Stade de France) vão ser levados ao Instituto Médico Legal (IML), o necrotério de Paris.

Os investigadores esperam que os vestígios de DNA ou impressões digitais utilizáveis %u200B%u200Bcoincidam com um arquivo de infratores.

Um suposto terrorista do Bataclan foi identificado como um francês, já conhecido das forças de segurança, de acordo com fontes policiais.

Testemunhas disseram que um ou mais atacantes gritaram em francês, o que também sugere a nacionalidade francesa.

Um passaporte sírio também foi encontrado perto do corpo destrinchado de um dos autores do ataque no Bataclan.

Ainda de acordo com fontes policiais, as testemunhas afirmam que os jihadistas chegaram em um carro registado na Bélgica, o que deixa em aberto a hipótese de uma equipe do exterior, sem excluir a presença de locais.

A cooperação de agências estrangeiras, particularmente europeias, foi solicitada.

Já uma fonte da polícia evocou "caras experientes e bem treinados", que as testemunhas descreveram como "muito jovens e confiantes".

A questão de possível formação ou estadia em zona jihadista, principalmente na Síria, é analisada, de acordo com fontes policiais.

Na pista de cúmplices e comandantes

A coordenação dos ataques - explosões no Stade de France durante uma partida internacional, tiroteios em Paris - não deixa dúvidas: o projeto foi concebido e preparado para atacar as mentes e semear o terror.

Estes ataques constituem uma ruptura em relação aos ataques anteriores na França, especialmente contra a revista Charlie Hebdo em janeiro. Os alvos passaram de um grupo particular - cartunistas, judeus - para franceses em geral, e sua escala passou para ataques simultâneos em vários lugares.

Em agosto, um francês preso em seu retorno da Síria, onde permaneceu alguns dias em Raqqa, reduto do grupo EI, havia mencionado instruções para atacar uma casa de espetáculos.

Descobrir o apoio logístico e patrocinadores dependerá dos vestígios deixados pelos homens-bomba.

A presença de cintos de explosivos não tem precedentes e sugere a presença de alguém especializado na fabricação de bombas.

"O especialista em explosivos é muito precioso, ele nunca está envolvido nos ataques. Então ele está por aí, em algum lugar ...", evocou o ex-chefe do serviço de inteligência francês Claude Chouet, contactado pela AFP.

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