Agência France-Presse
postado em 15/11/2015 08:44
Des Moines, Estados Unidos - Hillary Clinton lançou neste sábado, durante um debate entre pré-candidatos democratas à Casa Branca, um apelo para uma união global para vencer a ameaça jihadista, mas ressaltou que "os Estados Unidos não estão em guerra contra o Islã", um dia depois dos atentados que deixaram 129 mortos em Paris.
[SAIBAMAIS]"Precisamos ter a resolução de unir o mundo para destruir pela raiz a ideologia jihadista radical que motiva organizações como o Estado Islâmico (EI), um grupo terrorista violento, bárbaro e impiedoso", declarou a candidata no segundo debate das primárias do seu partido para as eleições de 2016.
O EI reivindicou a responsabilidade pelos atentados de sexta-feira. "O EI não deve ser contido, precisa ser derrotado", insistiu. "Nesta eleição, não se trata apenas de eleger um presidente, mas um comandante em chefe", lembrou a ex-secretária de Estado. "Não estamos guerra contra o Islã, estamos em guerra contra o extremismo violento", resumiu Clinton.
O debate, realizado em Des Moines, no Iowa, começou com um minuto de silêncio em homenagem às vítimas. "Hoje a noite, França está de luto, e os Estados Unidos também. Então, antes de começar, vou pedir para que todos respeitam um minuto de silêncio", pediu o âncora do programa. "Nossas orações vão para os franceses neste dia, mas isso não é suficiente", enfatizou a Hillary Clinton, referindo-se ao slogan ;Pray for Paris; (ore por Paris), que virou a frase referência de homenagem, como ;Je suis Charlie; nos atentados de janeiro, contra a redação do jornal satírico Charlie Hebdo.