Agência France-Presse
postado em 18/11/2015 17:11
[SAIBAMAIS]Duas jovens terroristas, uma delas com apenas 11 anos, mataram 15 pessoas em um atentado suicida em um mercado de telefonia móvel em Kano, a grande cidade do norte da Nigéria, informou na quarta-feira (15/11) a polícia local. Mais de 50 pessoas ficaram feridas.
O porta-voz da polícia, Musa Magaji Majia, disse que as duas meninas se explodiram no interior e na entrada do Farm Centre market. "Quinze pessoas morreram, sem contar as duas terroristas suicidas", afirmou o porta-voz à AFP.
Segundo dois comerciantes do mercado, Nafiu Mohamed e Suleiman Haruna, a explosão ocorreu pouco após as 16h locais (13h de Brasília). Imediatamente foram para o local equipes de emergência.
"Um micro-ônibus transportando duas mulheres chegou ao Farm Center GSM market, duas jovens de 11 e 18 anos desceram no local, ambas cobertas com o hijab (véu islâmico que cobre a cabeça)", acrescentou à AFP Musa Magaji Majia.
"Uma delas se dirigiu ao interior do mercado e a outra ficou no exterior. Então, se fizeram explodir. As vítimas foram levadas ao hospital e pouco mais tarde tivemos a confirmação de um balanço de 15 mortos, sem contar com as suicidas", acrescentou. Este ataque também deixou 53 feridos, a maioria deles pôde deixar o hospital após o atendimento, acrescentou a fonte.
A polícia bloqueou os acessos a Kano para tentar encontrar o micro-ônibus, acrescentou.
Na última terça-feira (17/11), mais de 30 pessoas morreram e 80 ficaram feridas na explosão de uma bomba na cidade de Yola, nordeste da Nigéria. A explosão ocorreu na área de Jambutu, na capital do estado de Adamawa, onde o grupo jihadista Boko Haram é muito ativo. O presidente Muhamadu Buhari anunciou há alguns dias, em Yola, que o fim do Boko Haram está próximo.
O Boko Haram recorre com frequência a mulheres suicidas, chegando a mandar meninas para a morte, sendo que a mais jovem tinha apenas 7 anos. Nestes casos, os chefes frequentemente têm o controle da explosão da carga que transportam, que ativam à distância usando telefones celulares.
"Os atentados suicidas são cotidianos" no norte e no nordeste da Nigéria (...) sobretudo são mulheres e meninas que vingam, assim, a morte de seus maridos ou pais, falecidos em confrontos com o exército nigeriano", explicou à AFP um especialista francês.