Agência France-Presse
postado em 19/11/2015 17:53
Nova York - A Assembleia geral da ONU alcançou, nesta quinta-feira, um número recorde de países que votaram a favor da resolução que condena as violações de direitos humanos na Coreia do Norte. A resolução foi adotada com 112 países votando a favor, 19 contra e 50 abstenções.Diplomáticos europeus e japoneses, que redigiram a resolução, afirmaram que tinham esperanças de obter mais votos do que o ano passado na Assembleia Geral. Todos os anos, desde 2005, Pyongyang foi condenado na Assembleia Geral por sua política de direitos humanos.
O texto deste ano condena as "constantes e atuais, graves e sistemáticas violações aos direitos humanos" na Coreia do Norte.
Pelo segundo ano consecutivo, pede ao Conselho de Segurança que considere a possibilidade de levar Pyongyang ante à Corte Penal Internacional por crimes contra a humanidade.
No entanto, é provável que a China, o único grande aliado do regime norte-coreano, bloqueie uma medida desse tipo no Conselho de Segurança, onde tem poder de veto.
Falando em nome da UE, a embaixadora Sylvie Lucas, de Luxemburgo, disse que os abusos aos direitos humanos na Coreia do Norte estão agora "firmemente ancorados na agenda internacional" e destacou a responsabilidade do governo desse país.
A resolução exige que seja desarticulada uma vasta rede de campos de prisioneiros na Coreia do Norte, nos quais é possível que haja 100 mil pessoas reclusas em condições atrozes.
O embaixador adjunto norte-coreano, Choe Myong-Nam, qualificou o texto como um "produto da confrontação política, um complô e conspiração dos Estados Unidos e outras forças hostis".
"A RPDC (República Popular Democrática na Coreia) tem interesse no diálogo e cooperação, mas seguirá contra-atacando fortemente qualquer tentativa de confrontação e pressão", disse o representante à Assembleia.