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Pentágono admite que ataque no Iraque pode ter matado quatro civis

O bombardeio estadunidense à um posto sob controle do Estado Islâmico ocorreu em março; outras 26 acusações são investigadas

Agência France-Presse
postado em 20/11/2015 19:48

Quatro civis, incluindo possivelmente uma criança, podem ter sido mortos em ataques aéreos dos Estados Unidos contra alvos do Estado Islâmico no Iraque em março - revelou uma investigação divulgada nesta sexta-feira (20/11). "A preponderância das provas recolhidas durante o inquérito indica que o ataque aéreo resultou, provavelmente, na morte de quatro não combatentes", afirmou a Central de Comando Militar dos EUA em comunicado. "Um dos não combatentes pode ser uma criança", acrescentou.

É a segunda vez que o exército americano reconhece sua responsabilidade em possíveis mortes de civis em um bombardeio. Em maio, o Pentágono reconheceu que um ataque contra o grupo extremista Khorasan em novembro de 2014, perto de Harem, na Síria, matou duas crianças.

"Lamentamos esta perda não intencional de vidas humanas e pensamos nas famílias afetadas", declarou nesta sexta-feira o general CQ Brown, comandante das Forças Aéreas americanas no Oriente Médio, citado em um comunicado da CentCom (forças dos EUA no Oriente Médio).

Um porta-voz da CentCom, coronel Patrick Ryder, disse à imprensa que o bombardeio, contra um posto de controle em Hatra, foi realizado com um avião do tipo A-10. Segundo o comunicado da Centcom, a investigação mostra que os ataques "foram realizados de acordo" com as regras atuais do exército americano. "Nossa meta é vencer" o Estado Islâmico, acrescentou a nota, referindo-se "a uma organização terrorista que se mistura constantemente com a população, e fazemos todo o possível para evitar" matar, ou ferir, "não combatentes". De acordo com Ryder, o exército americano investiga outros 26 casos e acusações sobre vítimas civis.

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