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Intensos ataques no leste da Síria deixam ao menos 36 pessoas mortas

A coalizão internacional contra o Estado Islâmico liderada pelos Estados Unidos informou ter destruído nessa semana 116 caminhões utilizados pelos jihadistas para transportar combustível

Agência France-Presse
postado em 20/11/2015 21:54
Beirute - Pelo menos 36 pessoas morreram, nesta sexta-feira, nos mais violentos bombardeios aéreos lançados em conjunto pelas Aviações russa e síria contra a província de Deir-Ezzor (leste), controlada pelo Estado Islâmico (EI) - informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

"Pelo menos 36 pessoas foram mortas, e outras dezenas ficaram feridas, em mais de 70 ataques aéreos realizados por aviões russos e sírios contra várias localidades de Deir-Ezzor. É o mais violento bombardeio dessa região desde o início da revolta em 2011", disse à AFP o Observatório Sírio de Direitos Humanos, Rami Abdel Rahmane.



Os ataques foram dirigidos contra bairros de Mayadin e Bukamal da cidade de Deir Ezzor, na província de mesmo nome, e contra três campos de petróleo, informou o OSDH.

A província está em poder do EI, que também controla a maior parte da capital, exceto o aeroporto militar e alguns bairros próximos, nas mãos do regime.

A coalizão internacional contra o EI liderada pelos Estados Unidos informou ter destruído nessa semana 116 caminhões utilizados pelos jihadistas para transportar combustível.

O EI controla a maior parte dos campos de petróleo da Síria, principalmente na província de Deir Ezzor. Segundo uma investigação do Financial Times, o contrabando de petróleo resultaria em ganhos de 1,5 milhão de dólares por dia para o grupo.

Além da coalizão internacional, que está há mais de um ano na Síria, a Rússia também intervém desde o final de setembro com ataques aéreos contra os grupos que se opõe ao regime de Bashar Al Assad, entre eles o EI.

O ministro russo de Defesa, Serguei Choigou, anunciou nesta sexta-feira que a marinha russa no mar Caspio lançou "mísseis de cruzeiro contra Deir Ezzor matando mais de 600 militantes islamitas", sem informar a data, segundo imagens da televisão russa.

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