postado em 23/11/2015 20:57
O nível de alerta terrorista será mantido em seu nível máximo em Bruxelas, mas o metrô e as escolas vão reabrir "gradualmente", a partir de quarta-feira - anunciou o primeiro-ministro belga, Charles Michel, nesta segunda. "Quanto às escolas, tomamos a decisão de reabrir na quarta-feira, com medidas de segurança adicionais, e o metrô (Bruxelas) também reabrirá na quarta", afirmou Charles Michel, após uma reunião do Conselho de Segurança Nacional.Em função de uma "ameaça séria e iminente", o nível de alerta foi mantido em 4, na capital, e deve ser reavaliado na próxima segunda-feira, 30 de novembro. No restante do território, o nível 3 continua em vigor, correspondendo a uma ameaça "possível e provável", disse Charles Michel, ao final de uma reunião de segurança de cerca de três horas e meia.
O metrô de Bruxelas está fechado desde sábado, após a decisão de elevar o nível de alerta até seu nível máximo. Creches, escolas, universidades e faculdades não funcionaram nesta segunda e continuarão fechadas amanhã, uma medida sem precedentes. "Temos indicações sérias de que ataques podem acontecer de novo", explicou Charles Michel, que não quis dar detalhes sobre as investigações em curso "por razões evidentes".
"Os alvos potenciais são os mesmos que os enumerados ontem", afirmou, referindo-se às zonas comerciais e a locais de grande concentração de pessoas, como transportes públicos. Um novo suspeito foi denunciado, nesta segunda-feira, na Bélgica, por participação nos atentados de Paris - anunciou o Ministério Público belga em uma nota.
"Ele foi denunciado por participação nas atividades de um grupo terrorista e em atentado terrorista" em Paris, disse o MP, acrescentando que o suspeito foi posto em prisão preventiva. Sua identidade e o papel que teria desempenhado não foram informados.
Trata-se da quarta pessoa denunciada na Bélgica, com suspeita de ligação direta com os atentados cometidos em 13 de novembro na capital francesa. Duas das pessoas atualmente detidas, Mohammed Amri e Hamza Attou, foram denunciadas em 16 de novembro por participação nos atentados de Paris.
Elas são suspeitas de terem ajudado um homem-chave dos atentados, Salah Abdeslam, a fugir de carro, algumas horas depois dos atentados. Um outro sujeito foi denunciado na própria sexta-feira à noite, em seguida aos ataques. Segundo a imprensa belga, ele teria hospedado Salah Abdeslam, quando este foi levado para a comuna de Laeken no sábado, 14 de novembro, com a ajuda de Mohammed Amri e Hamza Attou.
Pelo menos 15 pessoas detidas no domingo à noite em várias comunas de Bruxelas e de Charleroi (sul da Bélgica) foram soltas, acrescentou o MP. Além disso, das cinco pessoas detidas hoje cedo na Bélgica, duas foram liberadas. Os outros três ficaram em prisão preventiva até terça de manhã para "verificações suplementares", de acordo com a mesma fonte.