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Irã prevê que acordo nuclear entrará em vigor em janeiro

Segundo os termos deste acordo, o país se compromete, sobretudo, a limitar suas capacidades nucleares e se submeter a um controle internacional reforçado

Agência France-Presse
postado em 24/11/2015 17:44

Teerã, Irã - O Irã prevê que o acordo de Viena sobre o programa nuclear de Teerã, assinado com as grandes potências em julho passado, entrará em vigor no começo de janeiro, anunciou nesta terça-feira, na capital da Áustria, o ministro iraniano das Relações Exteriores.

"Prevemos que isto ocorra no começo de janeiro", declarou Abas Araghshi a jornalistas que lhe perguntaram sobre a possível data de entrada em vigor do acordo.

Araghshi, um dos principais negociadores iranianos, fez estas declarações após uma reunião com representantes da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), à qual compete autorizar a entrada em vigor do acordo, após ter verificado que o Irã respeita seus compromissos.

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Em 18 de novembro, em seu último relatório, a AIEA afirmou que o Irã começou a desmontar algumas de suas instalações nucleares, conforme previa o acordo de Viena. "O Irã começou a tirar centrífugas e infraestruturas similares" nas instalações de Fordo e Natanz, indicou a agência.

Estas medidas estão em conformidade com os compromissos assumidos pela República Islâmica em 14 de julho, com vistas a uma suspensão das sanções internacionais que lhe foram impostas, o que será feito após se confirmar mo caráter estritamente civil do programa nuclear iraniano.

Segundo os termos deste acordo, o Irã se compromete, sobretudo, a limitar suas capacidades nucleares e se submeter a um controle internacional reforçado.

Em troca, a comunidade internacional suspenderá estas sanções, que afetam duramente a economia do país.

A redução em dois terços do número de centrífugas iranianas é um dos pontos cruciais do acordo, visto que estas máquinas podem fabricar material para desenvolver uma bomba atômica.

O acordo de 14 de julho, qualificado de "histórico", tem como objetivo por fim a 13 anos de diferenças internacionais sobre o programa nuclear iraniano.

As grandes potências suspeitam que Teerã pretendia desenvolver a arma atômica, o que o Irã sempre negou, reivindicando seu direito a ter instalações nucleares para uso civil.

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