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Preso, lutador nega estupro: "atriz pornô é acostumada a sexo violento"

Americano Jonathan Koppenhaver é acusado de outros 33 crimes contra a ex-namorada Christy Mack

postado em 26/11/2015 16:59

Americano Jonathan Koppenhaver é acusado de outros 33 crimes contra a ex-namorada Christy Mack

O lutador de MMA Jonathan Koppenhaver, preso desde o ano passado acusado de 34 crimes ; entre eles, estupro, tentativa de homicído e sequestro ; contra a ex-namorada, a atriz pornô Christy Mack, teve nesta semana a primeira chance de se defender perante a Justiça. Em audiência preliminar, a defesa do atleta, porém, pode ter agravado a situação do réu.

;Ele não poderia ter estuprado sua ex porque ela era uma atriz pornô. E atrizes pornôs estão acostumadas a sexo violento;, argumentou o advogado Brando Sua, em defesa de seu cliente, na última segunda-feira (23/11). Ele alegou inocência do lutador em todas as acusações. Além disso, um gesto do acusado por ter prejudicado a própria situação: a promotora Jacquelina Bluth afirmou que o réu teria lhe mandado um beijo, o que ela classificou como ;ofensivo;. As informações são do jornal americano Las Vegas Review Journal.

Atriz pornô Christy Mack desabafou nas redes sociais sobre as múltiplas fraturas faciais

Koppenhaver, conhecido pelo apelido de War Machine (máquina de guerra), cumpre pena desde agosto do ano passado. Ele é suspeito de ter agredido a atriz Christine Mackinday, a Christy Mack, e um amigo dela, Corey Thomas, no apartamento da artista, em 8 de agosto de 2014, em Las Vegas (EUA). O lutador teria invadido o local e acusado a então companheira de traição, antes de começar a golpeá-la, de acordo com o boletim policial.

Christy sofreu múltiplas fraturas no rosto e uma na costela, lesão no fígado e perdeu dois dentes.

No tribunal, os advogados de defesa de Koppenhaver argumentaram que o trabalho da atriz na pornografia apontou para um consentimento e que o casal em diversas vezes se envolvia em sexo violento. A carreira de Mackinday levou ao "desejo, a preferência, a aceitabilidade no sentido de uma forma particular de atividades sexuais que estavam fora da norma", alegou Brandon Sua.

Os promotores rebateram. Eles afirmaram que leis de proteção contra estupro, que limitam a capacidade da defesa de apresentar provas do histórico sexual das vítimas, devem proibir os advogados de revelar os detalhes de filmes de Mackinday ao júri.

"Porque ela consentiu a esses atos através de seu trabalho não significa que o réu tem o direito de pensar que pode fazer isso com ela", justificou a promotora.

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