Agência France-Presse
postado em 28/11/2015 17:37
Ao menos 5.000 pessoas protestaram neste sábado em Londres contra a possível participação do Reino Unido nos bombardeios contra o grupo Estado Islâmico (EI), o que depende da aprovação do Parlamento.
A associação "Stop the War" convocou a manifestação diante do número 10 de Downing Street, a residência do primeiro-ministro britânico, David Cameron.
Na sexta-feira, o presidente francês, François Hollande, fez um apelo aos parlamentares britânicos para que aprovem os bombardeios na Síria, duas semanas depois dos atentados de 13 de novembro em Paris. A sequência de ataques deixou 130 mortos na capital francesa.
"Este é um conflito que não pode e não será resolvido com bombardeios", disse à multidão o presidente da "Stop the War", Andrew Murray.
Também neste sábado, cerca de 5.000 pessoas, segundo os organizadores, foram às ruas em Madri para se manifestar contra uma eventual intervenção militar da Espanha no conflito sírio.
"Não à guerra", gritavam os manifestantes reunidos na frente do Museu Rainha Sofia, em Madri.
Em outras cidades espanholas também houve protestos, embora em menor número. Em Barcelona, a manifestação reuniu cerca de 3.500 pessoas.
A convocação foi feita pela plataforma cidadã "Não, em Nosso Nome", promovida por artistas. Em menos de uma semana, foram quase 34.000 adesões na Internet - entre elas, as prefeituras de Madri e Barcelona - contra o terrorismo e contra uma solução armada do conflito sírio.
O presidente do governo espanhol, o conservador Mariano Rajoy, reafirmou neste sábado, em um comício perto das eleições de 20 de dezembro, que não tomará qualquer decisão apressada.
"Vamos continuar lutando contra o terrorismo, mas as decisões, como qualquer faceta da vida, convém pensá-las bem", disse Rajoy.