Havana, Cuba - Cuba voltará a restringir, a partir da próxima segunda-feira, as viagens de seus médicos ao exterior, depois de admitir que a migração desses profissionais afeta seriamente o sistema de saúde da ilha, segundo anunciou nesta terça-feira o governo de Raúl Castro.
Em uma declaração publicada no jornal oficial Granma, o governo notificou que voltará a "aplicar as regulações estabelecidas no Decreto 306, de 11 de outubro de 2012, para as saídas ao exterior por assuntos particulares de profissionais médicos de diferentes especialidades que realizam atividades vitais nos serviços de saúde para a população".
Este decreto, que não era aplicado desde a entrada em vigor de uma nova lei migratória em janeiro de 2013, que permitiu aos cubanos viajar livremente ao exterior pela primeira vez em meio século, obriga os médicos a pedir autorização para sair da ilha por motivos pessoais, e a esperar até cinco anos para deixar o país de forma definitiva.