Bruxelas, Bélgica - A Otan manterá por mais um ano cerca de 12 mil soldados deslocados no Afeganistão para evitar que o país se converta novamente em um santuário para os extremistas, indicou, nesta terça-feira, o secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg.
"Concordamos em manter a presença de nossa missão ;Resolute Support; durante 2016", declarou Stoltenberg em uma coletiva de imprensa realizada em Bruxelas, onde estão reunidos, até quarta-feira, os ministros de Relações Exteriores da Aliança.
"Isto representa aproximadamente 12 mil soldados e uma prova do compromisso dos aliados (...) de manter o número de tropas e suas contribuições", acrescentou.
"Estamos no Afeganistão para impedir que esse país se converta em um refúgio para os terroristas internacionais", disse.
A Otan pôs fim, em dezembro de 2014, à missão de combate mais importante de sua história, a Força Internacional de Assistência à Segurança no Afeganistão (Isaf), e confiou a segurança às forças armadas e à polícia afegã.
A Isaf foi substituída pela missão "Resolute Support", de assessoramento e formação do exército afegão. O contingente é de mais de 12 mil soldados, dos quais 9.800 são americanos.
Em meados de outubro, o presidente americano Barack Obama se viu obrigado a reconhecer que não poderia continuar retirando tropas americanas do Afeganistão no ritmo previsto, depois de várias ofensivas dos talibãs.
A queda da cidade de Kunduz (norte) mostrou que as forças afegãs não conseguiram controlar o território, apesar dos mais de 60 bilhões de dólares que Washington proveu nos últimos 14 anos para sua formação e equipamento.