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África é prioritária em fundos de sistemas de alerta sobre riscos climático

A África terá prioridade na aplicação dos fundos para os 80 países onde serão executados os Sistemas de Alerta Rápido sobre Riscos Climáticos

postado em 02/12/2015 17:46
Mais de US$ 80 milhões foram anunciados hoje (2/12) em Paris para financiar a iniciativa sobre Sistemas de Alerta Rápido sobre Riscos Climáticos (Crews, na sigla em inglês). Os doadores são Austrália, Canadá, França, Alemanha, Luxemburgo e Holanda. A África terá prioridade na aplicação dos fundos para os 80 países onde serão executados o Crews, que foi anunciado na 21; Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21).

Pela iniciativa, apoiada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), o Escritório das Nações Unidas para Redução de Desastres e o Banco Mundial pretendem arrecadar US$ 100 milhões até 2020. A chefe do escritório, Margareta Wahlstr;m, disse que a contribuição direta oferece uma solução imediata e concreta para reduzir as mortes e cumprir as metas do Quadro de Sendai, com o objetivo de reduzir o risco de calamidades.

Segundo Margareta, com a iniciativa, haverá eficientes sistemas de alerta precoce para salvar vidas em áreas do Oceano Índico, do Oceano Pacífico, do Caribe e de outras regiões propensas a desastres climáticos.

Além de África, a Crews vai para o apoio aos pequenos Estados insulares em desenvolvimento e aos países menos avançados, por ;estarem na linha de frente das consequências mais dramáticas das alterações climáticas;. Estes são considerados os menos equipados com sistemas eficazes de aviso prévio.



A OMM estima que mais de 80% dos 48 países menos desenvolvidos têm um sistema básico de alerta precoce. Uma pequena parte dos 40 Estados insulares em desenvolvimento tem um sistema de alerta precoce eficiente.

[SAIBAMAIS] De acordo com o secretário-geral executivo da OMM, Michel Jarraud, esse tipo de mecanismo reduziu consideravelmente a perda de vidas devido a ciclones tropicais, inundações, tempestades, incêndios florestais, ondas de calor e tsunamis. Ele disse que esses sistemas provaram ser um bom investimento para reduzir perdas econômicas que ultrapassam US$ 300 bilhões anuais e estão aumentando em todo o mundo.

Estudo

Recentemente, foi lançado o estudo Custo Humano dos Desastres Relacionados ao Clima, feito pelo Escritório das Nações Unidas para Redução de Desastres e o Centro de Pesquisa sobre Epidemiologia e Desastres. A pesquisa revela que nos últimos 20 anos, 90% das grandes catástrofes foram causadas por 6.457 eventos relacionados com o clima que incluem inundações, tempestades, ondas de calor, secas e outros.

O relatório também revela que desde a primeira conferência do clima, em 1995, 606 mil pessoas morreram e outros 4,1 bilhões ficaram feridas, desabrigadas ou precisaram de ajuda de emergência devido a desastres relacionados ao clima.

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