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Corte sul-africana eleva condenação de Pistorius para assassinato

Em primeira instância, o atleta paralímpico havia sido condenado a cinco anos de prisão por "homicídio culposo"

Agência France-Presse
postado em 03/12/2015 09:25

Em primeira instância, o atleta paralímpico havia sido condenado a cinco anos de prisão por

O Tribunal Supremo de Apelação da África do Sul declarou nesta quinta-feira (3/12) Oscar Pistorius culpado de assassinato pela morte de sua namorada Reeva Steenkamp, o que pode resultar em uma pena de pelo menos 15 anos de prisão.


O campeão paralímpico é "culpado de assassinato, pois teve intenção criminal" quando abriu fogo contra Steenkamp, em fevereiro de 2013, afirmou o juiz Eric Leach. O magistrado explicou que o caso foi "enviado à jurisdição de primeira instância", onde acontecerá uma nova deliberação para modificar a sentença.

June Steenkamp, a mãe da vítima, estava presente no tribunal de Bloemfontein e permaneceu impassível durante o anúncio do veredicto, abraçada por uma amiga. Seu marido (que se encontra em Port-Elizabeth) declarou a uma tevê local que estava satisfeito com o novo veredicto.

A mãe de  Reeve Steenkamp, June Steenkamp (ao centro), recebendo o conforto de amigas durante a leitura da nova sentença em Bloemfontein, África do Sul, nesta quinta-feira (3/12)

[SAIBAMAIS]Pistorius matou Steenkamp com quatro tiros através da porta do banheiro em que a modelo havia se trancado na casa em que os dois moravam em Pretória, em fevereiro de 2013.

O Tribunal de Apelação não questionou a versão do acusado, que afirma ter acreditado que atirava contra um ladrão e que a namorada estava na cama, mas considerou que Pistorius não poderia ignorar o risco de matar alguém, independente de quem fosse a vítima, ao disparar quatro balas de grande calibre através da porta de um banheiro pequeno.

"É inconcebível que uma pessoa razoável pudesse pensar que estava autorizada a atirar com uma arma de grande calibre", disse o juiz. "Deveria ter previsto que a pessoa atrás da porta poderia ficar ferida. Por isto, não dever ter sido condenado por homicídio culposo, e sim por assassinato", completou.

O atleta foi condenado em outubro de 2014 e saiu da penitenciária um ano depois, passando ao regime de prisão domiciliar na luxuosa residência de seu tio, além de cumprir trabalhos comunitários.

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