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Arábia Saudita emitirá documento de identidade de mulheres divorciadas

Ainda não se sabe quando entrará em vigor a medida, que vai permitir às mulheres fazerem coisas como matricular seus filhos na escola ou realizar trâmites administrativos

Agência France-Presse
postado em 03/12/2015 16:43
Riade, Arábia Saudita - As mulheres divorciadas e as viúvas na Arábia Saudita terão seus próprios documentos de identidade, permitindo-lhes ser independentes dos homens - informou nesta quinta-feira (3/12) a imprensa local.

Ainda não se sabe quando entrará em vigor a medida, que vai permitir às mulheres fazerem coisas como matricular seus filhos na escola ou realizar trâmites administrativos, explicou a imprensa.

Ainda não se sabe quando entrará em vigor a medida, que vai permitir às mulheres fazerem coisas como matricular seus filhos na escola ou realizar trâmites administrativos Sem seu próprio documento de identidade, uma mulher divorciada necessita da autorização de seu ex-marido ou, caso seja impossível, uma ordem de um tribunal para poder realizar tais trâmites, lembrou o jornal Arab News.

A imprensa informou que 28% dos casamentos no reino saudita terminam em divórcio e que 65% dos processos judiciais versam sobre questões familiares. As mulheres estão submetidas a uma série de restrições no reinado ultraconservador, que aplica uma rigorosa versão do Islã, o único país no mundo onde as mulheres não podem dirigir.



Na Arábia Saudita, os homens têm o direito de contrair matrimônio com até quatro mulheres. O país proíbe as mulheres de ficarem no mesmo local que uma pessoa do sexo oposto caso não estejam acompanhadas por familiares e não podem ir para a rua se não estiverem cobertas da cabeça aos pés. Além disso, não podem trabalhar, casar ou viajar sem a autorização de um homem de sua família ou maridos.

Nos últimos anos um lento processo para melhorar a situação das mulheres tem ocorrido no país. Nesta semana, mais de 900 mulheres sauditas participaram da campanha pela disputa das eleições municipais - próximo 12 de dezembro. Essa será a primeira vez em que as mulheres poderão votar e ser candidatas.

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