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Imigração: Grécia admite 'atrasos e falhas', mas denuncia lentidão da UE

O ministro questionou a falta de resposta europeia a pedidos como "um reforço de 1.600 policiais" e o fato de que, até agora, foram oferecidos somente 295 lugares de realocação dos 66.400 previstos

Agência France-Presse
postado em 03/12/2015 19:22

Atenas, Grécia - Pressionada pela União Europeia (UE) para que controle melhor os fluxos migratórios, a Grécia reconheceu, nesta quinta-feira, alguns "atrasos e falhas", mas também denunciou a lentidão europeia para honrar a ajuda prometida a Atenas.

Durante uma coletiva de imprensa, o ministro de Política Migratória, Iannis Mouzalas, anunciou que a Grécia pediu a ativação do mecanismo europeu de proteção civil para receber auxílio em material e pessoal, de modo a acolher melhor os imigrantes.

"Esperamos que nossos sócios façam ofertas generosas, levando-se em conta o clima de descontentamento atual", acrescentou.

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Ao ativar esse mecanismo de ajuda, a Grécia pediu "ambulâncias, caminhões, combustível, barracas e cobertores e, principalmente, pessoal para atuar nos centros de identificação, registro e abrigos".

Em resposta a uma matéria do jornal britânico "Financial Times", na quarta-feira, o governo grego desmentiu que a UE tenha planejado excluí-lo da zona de livre circulação Shengen, devido a sua má gestão dos fluxos migratórios. Ainda assim, o país está sendo pressionado para que avance nesse tema antes da próxima conferência europeia de 17 de dezembro.

Mouzalas disse que esse debate surge após críticas de alguns Estados, entre eles a Hungria, assim como de setores de opinião pública "em outros países, como a Alemanha".

Ele reconheceu "atrasos e falhas" do lado grego, em especial para a instalação dos centros de identificação e de registro prometidos, em princípio para antes de dezembro, nas cinco ilhas gregas.

O ministro questionou a falta de resposta europeia a pedidos como "um reforço de 1.600 policiais" e o fato de que, até agora, foram oferecidos somente 295 lugares de realocação dos 66.400 previstos para os próximos dois anos pelos planos europeus de redirecionamento de refugiados sírios, iraquianos e eritreus.

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