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Oposição é favorita para obter maioria do parlamento da Venezuela

Nos últimos dias, Maduro subiu o tom e avisou que vai defender a revolução nas ruas, em caso de derrota

Rodrigo Craveiro
postado em 06/12/2015 08:00
Nos últimos dias, Maduro subiu o tom e avisou que vai defender a revolução nas ruas, em caso de derrota

Os 1.799 candidatos ; 671 mulheres e 1.128 homens ; disputarão hoje 167 vagas na Assembleia Nacional. Cerca de 19,5 milhões de venezuelanos terão a missão de decidir se o parlamento seguirá sob o domínio do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), do presidente Nicolás Maduro, ou se passará ao controle da oposição. Para os adversários do Palácio de Miraflores, muito mais do que uma eleição, o processo de hoje será um referendo revogatório sobre o governo socialista e a revolução bolivariana, criada pelo falecido presidente Hugo Chávez. As pesquisas indicam que a Mesa de Unidade Democrática (MUD), coalizão opositora, aparece como favorita, com vantagem entre 14 e 35 pontos percentuais sobre o PSUV. No entanto, Maduro garante ter o voto ;fiel; de 40% dos eleitores.

Nos últimos dias, o mandatário venezuelano subiu o tom e avisou que vai defender a revolução nas ruas, em caso de derrota. A comunidade internacional emitiu diversos comunicados e alertas nos quais exige transparência e lisura nas eleições, ante o temor crescente de fraudes. Para José Vicente Carrasquero Aumaitre, cientista político da Universidad Simón Bolívar (em Caracas), a oposição deve alcançar ao menos a maioria simples. ;Isso implicaria em uma mudança na correlação de forças. Dadas as condições de sofrimento da população, estimo que o voto-castigo terá impacto importante no resultado;, afirma. Ele acredita que a MUD terá a chance de acordar medidas urgentes, com o maior consenso político possível. ;Se a oposição vencer com margem importante, abrirá a oportunidade de ativar mecanismos para substituir o presidente, o que significaria uma derrota circunstancial das forças chavistas.;

Ex-governador de Caracas e diplomata, Diego Arria tem a certeza da vitória da oposição, hoje. ;A cumplicidade com Chávez e, agora, com Maduro, dos governos da América Latina, a começar pelo Brasil do PT de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff, enterrou a Carta Democrática Interamericana da Organização dos Estados Americanos (OEA);, admite. ;Nós enfrentamos uma ditadura militarizada.;

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