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Família de agressor do metrô de Londres avisou sobre problemas mentais

Muhaydin, que chegou ao Reino Unido da Somália quando tinha 12 anos, havia passado três meses em um hospital psiquiátrico em 2007 ao ser diagnosticado com paranoia

Agência France-Presse
postado em 08/12/2015 09:00
A família do homem que esfaqueou dois passageiros do metrô de Londres no sábado (5/12), um ataque classificado de terrorista pela polícia, explicou que avisou as autoridades sobre seus problemas mentais. Muhaydin Mire, de 29 anos, foi acusado de tentativa de assassinato pelo ataque na estação de metrô de Leytonton, no leste de Londres.

Seu irmão Mohamed explicou à emissora Channel 4 que Muhaydin, que chegou ao Reino Unido da Somália quando tinha 12 anos, havia passado três meses em um hospital psiquiátrico em 2007 ao ser diagnosticado com paranoia. Muhaydin "é um bom garoto", disse seu irmão, mas tinha problemas mentais, possivelmente pelo consumo de drogas, considerou.


"Saiu (do hospital) e voltou diretamente a sua vida", mas os problemas retornaram em agosto. "Ligava e dizia coisas incomuns", lembrou. "Nada radical, falava desordenadamente, dizia coisas sem sentido. Passava a noite dizendo que via demônios", acrescentou.

A família entrou em contato com a polícia há três semanas, mas ela os dirigiu aos serviços médicos. "Não podiam nos ajudar porque não havia prejudicado ninguém nem havia prejudicado a si mesmo. Falei com a polícia, vieram vê-lo em 22 de outubro".

Finalmente, a família decidiu levá-lo à Somália, e ele deveria viajar no dia seguinte aos atentados. "Decidi tirá-lo do país, então telefonei para a minha mãe, que não está aqui, está na Somália", contou o irmão. A polícia confirmou que a família informou sobre seus problemas.

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