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Dobra o número de extremistas na Síria e no Iraque em um ano

Entre 27 e 31 mil extremistas estrangeiros de 86 países diferentes estão presentes nos dois países, mais do que o dobro dos 12 mil que o grupo havia contabilizado em junho de 2014

Agência France-Presse
postado em 08/12/2015 15:39
Crianças treinadas pelo estado Islâmico Beirute, Líbano - O número de combatentes extremistas no Iraque e na Síria duplicaram no último ano e meio e já supera as 27 mil pessoas, segundo o relatório de um instituto de inteligência publicado nesta terça-feira (8/12).

"O fenômeno dos jihadistas estrangeiros no Iraque e Síria é realmente mundial", indica o Soufan Group, com sede em Nova York.

No total, entre 27 e 31 mil extremistas estrangeiros de 86 países diferentes estão presentes nos dois países, mais do que o dobro dos 12 mil que o grupo havia contabilizado em junho de 2014, "apesar dos esforços internacionais para conter o grupo Estado Islâmico (EI)".

"O sucesso do EI supera os sonhos de outros grupos terroristas, que agora parecem fora de moda, como a Al-Qaeda. O EI encorajou dezenas de milhares de jihadistas a se unirem a suas fileiras e inspirou outros a se converterem em simpatizantes", explica o relatório.



[SAIBAMAIS] O aumento do número de extremistas não é uniforme em todo o mundo. Os provenientes da Europa Ocidental se multiplicaram por dois, com um total de 5 mil, entre eles 1.700 franceses, enquanto aqueles da América do Norte sequem estáveis (280).

Do Oriente Médio vinham 8.240 extremistas, entre eles 2.500 sauditas, e outros 8 mil de Magrebe, sendo Tunes o principal país (6 mil extremistas). Já o número de combatentes vindos da Rússia e Ásia Central aumentou cerca de 300%, até 4.700 pessoas, entre eles 2.400 russos. Também houve 2.100 turcos.

O relatório de Soufan Group se baseia em dados do governo, organizações internacionais e centros de investigação. Segundo o instituto, entre aproximadamente 20 e 30% dos extremistas estrangeiros voltam a seus países de origem, o que constitui um grande desafio para as agências de segurança pelo aumento de ataques como os de Paris e Túnis.

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