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Satélite de monitoramento de carbono será lançado pela França

O satélite voará em órbita baixa, abaixo dos pólos, utilizando a luz solar para se alimentar de energia

Agência France-Presse
postado em 08/12/2015 19:10

Paris, França - A França participa do projeto MicroCarb, um satélite destinado a medir a repartição do CO2 na superfície do planeta, que deve ser lançado em 2020 - anunciou nesta terça-feira a ministra francesa do Meio Ambiente, Ségol;ne Royal.

Um outro projeto de satélite, franco-alemão, também foi apresentado nesta terça-feira em Le Bourget durante a COP21: trata-se de Merlin, que será encarregado de medir com uma precisão inédita as concentrações de metano na atmosfera.

O dióxido de carbono ou CO2 é o principal gás de efeito estufa produzido pelas atividades humanas. O metano é o segundo mais importante gás de efeito estufa, e sua contribuição para o aquecimento global é 25 vezes maior do que a do dióxido de carbono.

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Vinte e cinco milhões de euros serão destinados inicialmente pelo Estado francês para financiar o projeto MicroCarb desenvolvido pelo Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES), afirmou Royal durante a COP21.

O custo total do projeto é de cerca de 175 milhões de euros, explicou Jean-Yves Le Gall, presidente do CNES, à AFP. O satélite deve ficar pronto "no final de 2019 ou início de 2020".

A missão francesa MicroCarb visa determinar como agem os principais estoques de carbono de nosso planeta - os oceanos e as florestas tropicais - e cartografá-los.

Ela permitirá medir ao mesmo tempo quantas toneladas de dióxido de carbono (CO2) são emitidos pelas cidades, a vegetação e os oceanos.

O satélite voará em órbita baixa, abaixo dos pólos, utilizando a luz solar para se alimentar de energia. Os dados coletados serão em seguida compartilhados com a comunidade científica.

Merlin, que será fabricado pela Airbus Defence and Space e custará cerca de 250 milhões de euros, será lançado em 2020 por um foguete europeu.

MicroCarb e Merlin serão "vigias do clima", "mas não serão soldados. Não cabe aos cientistas serem a polícia" do respeito aos compromissos dos países em matéria de redução dos gases de efeito estufa, apontou Jean-Yves Le Gall.

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