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Rússia ataca EI na Síria com mísseis de submarino no Mediterrâneo

Em Washington, o porta-voz do Pentágono Peter Cook confirmou que a Rússia informou à coalizão sobre o ataque, para evitar incidentes aéreos

Agência France-Presse
postado em 09/12/2015 08:34
Em Washington, o porta-voz do Pentágono Peter Cook confirmou que a Rússia informou à coalizão sobre o ataque, para evitar incidentes aéreos
O ministro russo da Defesa, Serguei Choigou, anunciou nesta terça-feira que a Marinha russa atacou alvos na Síria com mísseis de cruzeiro lançados, pela primeira vez, por um submarino no Mediterrâneo. "Utilizamos mísseis de cruzeiro Calibre do submarino ;Rostov-on-Don; no mar Mediterrâneo" contra "dois bastiões terroristas" próximos à Raqa, capital de fato do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), informou Choigou ao presidente Vladimir Putin, durante um encontro exibido pela TV estatal. "Como resultado do sucesso dos ataques da aviação e do submarino todos os alvos foram destruídos", assinalou Choigou, precisando que os mísseis atingiram infraestruturas de petróleo, depósitos de munições e uma fábrica de minas.

A agência Interfax já havia informado a aproximação de um submarino russo da costa síria para disparar mísseis de cruzeiro, como parte da intervenção iniciada no dia 30 de junho para ajudar o regime de Bashar al Assad contra o EI e outras organizações rebeldes.



O presidente Putin disse nesta terça-feira (8/12) que os mísseis Calibre lançados de submarino podem ser equipados com ogivas nucleares, acrescentando que espera que "jamais seja necessário utilizá-las na luta contra o terrorismo". O ministro acrescentou que os aviões russos já realizaram 600 saídas e destruíram "300 alvos, de diversos tipos", nos últimos três dias. Choigou assinalou que Moscou avisou a Israel e aos Estados Unidos, que também realizam operações militares na Síria, sobre os ataques lançados a partir deste submarino.

Em Washington, o porta-voz do Pentágono Peter Cook confirmou que a Rússia informou à coalizão sobre o ataque, para evitar incidentes aéreos. "Apreciamos isto", especialmente porque o Kremlin não é obrigado, afirmou Cook, acrescentando que a advertência foi uma "medida de segurança adicional adotada pela Rússia". Com este novo ataque, Moscou reforça a ampla gama de opções que tem disponível para intervir na Síria.

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