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Líder do Estado Islâmico integra lista de personalidades do ano da Time

Abu Bakr al-Baghdadi aparece em 2º lugar na lista da revista norte-americana, atrás apenas da chanceler da Alemanha, Angela Merkel

postado em 09/12/2015 13:15
Abu Bakr al-Baghdadi aparece em 2º lugar na lista da revista norte-americana, atrás apenas da chanceler da Alemanha, Angela Merkel

Entre as sete personalidades destacadas em 2015 pela revista norte-americana Time está Abu Bakr al-Baghdadi, 44 anos, líder do Estado Islâmico e responsável por liderar vários ataques terroristas no mundo. Ocupando o 2; lugar da lista, atrás apenas da chanceler alemã Angela Merkel, o líder jihadista, segundo a revista, conquistou adeptos ao Islamismo e comandou o maior ataque em Paris em 13 de novembro, com a morte de 130 pessoas.

O candidato à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, conquistou o terceiro lugar, deixando o movimento Black Liver Matter e o presidente iraniano, Hassan Rouhani, em quarto e quinto lugar, respectivamente. Também estão na lista o empresário americano Travis Kalanick (6; lugar) e a transexual Caitlyn Jenner, em sétimo.

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Conheça al-Baghdadi
Nascido em 1971 em uma família sunita devota ao Islamismo, Ibrahim Awwad Ibrahim al-Badri, que adotou o nome de guerra Abu Bakr al-Baghdadi, foi uma criança tímida, de acordo com biografias recentes. Ele nunca se destacou nos estudos, mas era talentoso na recitação dos versos do Corão. Na faculdade e pós-graduação, estudou o estilo e a técnica de recitar o Alcorão e escreveu uma tese de mestrado sobre o assunto.

Em 2015, al-Baghdadi transformou o grupo separatista al-Qaeda, do campo de batalha da Síria e do Iraque, em uma franquia terrorista internacional. Líder de ataques que já tiraram a vida de mais de 1.200 civis neste ano, o terrorista continua atraindo um fluxo constante de recrutas para o Estado Islâmico. Cerca de 50 homens-bomba são utilizados para manobras básicas de combate a cada mil novos adeptos.

Ao longo do caminho, al-Baghdadi tem despertado inimigos poderosos. Rússia intensificou seus ataques contra o EI após o bombardeio de um avião de St. Petersburg-bound em 31 de outubro, que matou todas as 224 pessoas a bordo. França respondeu à agressão em Paris com ataques aéreos na capital de al-Baghdadi, a cidade de Raqqa, no norte da Síria.

Alemanha e Grã-Bretanha, participantes da coalizão liderada pelos Estados Unidos lutando contra o Estado Islâmico na Síria, intensificaram sua participação. E dois anos depois de Barack Obama se comprometer a não causar confrontos na Síria, o Pentágono anunciou, no início de dezembro, a implantação de 100 a 150 forças especiais dos EUA para realizar incursões na Síria e no Iraque.

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