Agência France-Presse
postado em 10/12/2015 09:10
Beijing, China - Pequim suspendeu nesta quinta-feira (10/12) o alerta vermelho por poluição que estava em vigor desde segunda-feira e, pela primeira vez na semana, o céu azul e ensolarado substituiu a espessa névoa dos últimos dias.
As autoridades da capital da China anunciaram pela primeira vez na segunda-feira (7/12) o nível máximo de alerta, que implica medidas drásticas para limitar a circulação de carros, a paralisação de obras e o fechamento de escolas e fábricas.
[SAIBAMAIS]A situação em Pequim coincide com a contagem regressiva na Conferência do Clima de Paris para concluir um acordo sobre o futuro do planeta. As medidas de emergência foram canceladas nesta quinta-feira, segundo a Agência de Proteção do Meio Ambiente da cidade. A capital chinesa viveu nos últimos 10 dias dois episódios do chamado "airapocalypse", situação em que cobriu a cidade com uma camada espessa de névoa branca impregnada com um cheiro intenso de carvão.
A densidade de partículas finas (PM 2,5), muito perigosas para a saúde e que provocam mortes prematuras, superou na semana passada em Pequim a marca de 600 microgramas por metro cúbico, segundo os níveis de referência medidos pela embaixada dos Estados Unidos.
O nível é muito superior ao máximo de 25 microgramas por m3 a cada 24 horas estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, o governo de Pequim não decretou na semana passada o alerta vermelho, uma decisão muito criticada pelos internautas e pela imprensa oficial.
Nos últimos dias a concentração de partículas tóxicas permaneceu em um nível inferior a 300 microgramas por m3 e nesta quinta-feira caiu a 22, graças a uma frente fria e ao vento que ajuda a dissipar a poluição. As medidas de emergência "foram eficazes para frear o acúmulo de ;smog;", anunciou a prefeitura, que agradeceu os "esforços" da população.
A situação das últimas semanas levou muitos moradores da cidade aos hospitais e provocou o aumento da compra de máscaras protetoras, onipresentes nas ruas. A poluição aumenta no inverno com o uso do carvão para a calefação e o aumento do uso da energia elétrica.