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Francisco critica a indiferença de um mundo saturado pela informação

A mensagem denuncia "uma certa saturação de informação que anestesia e, em certa medida, relativiza a gravidade dos problemas"

Agência France-Presse
postado em 15/12/2015 11:08
A mensagem denuncia
O papa Francisco pediu aos governos que impeçam a propagação dos conflitos e reduzam as dívidas dos países mais pobres em sua mensagem anual pela paz, na qual critica a indiferença de um mundo saturado pela informação. A mensagem, publicada nesta terça-feira (15/12) e intitulada "Vença a indiferença e conquiste a paz", será lida em todas as igrejas no dia 1o. de janeiro de 2016, por ocasião do Dia Mundial da Paz.

A carta menciona o que Francisco costuma denunciar como "uma terceira guerra mundial em fases", falando "das guerras e dos atentados terroristas, com suas trágicas consequências, os sequestros de pessoas, as perseguições por motivos étnicos ou religiosos" que marcaram 2015.



Mas denuncia principalmente uma indiferença que "superou decididamente o âmbito individual para assumir uma dimensão global". Ao final do texto, o papa fez um triplo apelo aos dirigentes políticos. Para começar, devem evitar "arrastar outros povos para conflitos ou guerras que que destroem não apenas as riquezas materiais, culturais e sociais, como também - e por muito tempo - a integridade moral e espiritual".

Em seguida, devem trabalhar para "abolir ou gestionar de maneira sustentável a dívida internacional dos Estados mais pobres". E, por último, "adotar políticas de cooperação (...) respeitosas dos valores das populações locais e que, em qualquer caso, não prejudiquem o direito fundamental e inalienável das crianças por nascer".

A mensagem denuncia "uma certa saturação [de informação] que anestesia e, em certa medida, relativiza a gravidade dos problemas". "Há quem esteja bem informado, ouça o rádio, leia os jornais ou veja programas de televisão, mas o fazem de maneira frívola, quase por mero costume. Estas pessoas conhecem vagamente os dramas que afligem a humanidade, mas não se sentem comprometidas, não vivem a compaixão", conclui o papa em sua mensagem.

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