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Internado em centro psiquiátrico francês que inventou agressão jihadista

O professor francês de 45 anos contou à polícia que um homem, que disse pertencer ao grupo Estado Islâmico (EI), o atacou com uma faca na sala de aula

Agência France-Presse
postado em 15/12/2015 13:29
Bobigny, França - O professor que inventou na segunda-feira (14/12) ter sido vítima de uma agressão jihadista em um subúrbio de Paris foi internado em um hospital psiquiátrico após sua prisão preventiva, anunciou a justiça francesa.

Duas avaliações psiquiátricas determinaram "a alteração de seu discernimento e a incompatibilidade de seu estado de saúde com a detenção preventiva", que terminou nesta terça-feira (15/12). "Uma análise psiquiátrico será realizada o mais rápido possível", segundo a mesma fonte.

O professor foi colocado em prisão preventiva na segunda-feira por ter denunciado um delito imaginário, depois de admitir que havia "fingido a agressão por motivos que a investigação terá que determinar", de acordo com a justiça.

Em um primeiro momento, o professor francês de 45 anos contou à polícia que um homem, que disse pertencer ao grupo Estado Islâmico (EI), o atacou com uma faca na sala de aula, de uma classe da pré-escola, antes da chegada das crianças.


Após os atentados de 13 de novembro na França, reivindicados pelo EI, o anúncio da suposta agressão reativou a psicose de um novo atentado jihadista, provocou uma grande mobilização da polícia e uma intensa cobertura ao vivo da imprensa.

O ministério da Educação Nacional anunciou a suspensão do professor, que provocou por conta própria ferimentos no pescoço e nas costas. Um processo disciplinar foi aberto contra ele, que pode ser demitido.

No primeiro depoimento aos investigadores, o professor descreveu o suposto agressor como um homem de luvas, o rosto oculto por um capuz e botas militares. Também disse que o homem chegou sem armas e pegou um estilete para atacá-lo, antes de gritar: "É Daesh (acrônimo árabe do EI). Isto é uma advertência" e fugir.

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