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Presidente chinês defende a censura na internet em nome da liberdade

A China, que conta com cerca de 700 milhões de internautas, mantém uma rígida censura sobre uma série de portais ocidentais, entre eles Facebook, Twitter e Google

Agência France-Presse
postado em 16/12/2015 10:32
Wuzhen, China - A censura é necessária para preservar a liberdade dos internautas, afirmou nesta quarta-feira o presidente chinês Xi Jinping, em uma conferência internacional sobre a internet, na qual defendeu a soberania dos Estados na rede.

"Como no mundo real, a liberdade e a ordem são necessárias no ciberespaço. A liberdade é a finalidade da ordem, e a ordem garante a liberdade", declarou Xi en Wuzhen (leste) na segunda edição da Conferência Mundial da Internet, ante vários grupos internacionais do setor.

Da mesma forma, prosseguiu o dirigente, "devemos respeitar os direitos de cada país de governar seu próprio ciberespaço". "Nenhum país deveria aspirar à hegemonia na internet ou intrometer-se nos assuntos internos de outros países", acrescentou.

A China, que conta com cerca de 700 milhões de internautas, mantém uma rígida censura sobre uma série de portais ocidentais, entre eles Facebook, Twitter e Google.

"É preciso permitir que os usuários expressem suas ideias, mas também aplicar uma boa ordem no ciberespaço, conforme a lei, ajudará a proteger os direitos e interesses legítimos de todos os internautas", enfatizou.

Na conferência, participam dirigentes políticos de países criticados em termos de liberdade de expressão, como o Paquistão e a Rússia.

No encontro, também estiveram presentes grande grupos do setor, como Microsoft, Apple e IBM.

"Com a desculpa da soberania e segurança, as autoridades chinesas tentam reescrever as regras da internet, para que a censura e a vigilância se convertam na norma em todas as partes", criticou Roseann Rife, diretora de pesquisas para o leste da Ásia na Anistia Internacional.

Um relatório publicado em outubro pela Ong americana Freedom House assinala que dos 65 países estudados, a China possui uma das políticas mais restritivas na internet, diante do Irã e da Síria.

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