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Cameron considera estúpidos comentários de Trump sobre muçulmanos

Trump, que aspira ser o candidato do Partido Republicano nas eleições presidenciais de 2016, recebeu uma chuva de críticas por sua proposta de "fechamento total e completo" das fronteiras aos muçulmanos

Agência France-Presse
postado em 16/12/2015 13:20
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, chamou nesta quarta-feira (16/12) de "estúpidos e equivocados" os comentários do político americano Donald Trump pedindo a proibição da entrada de muçulmanos ao seu país.

Ao mesmo tempo, em uma intervenção no Parlamento, Cameron rejeitou proibir a entrada de Trump no Reino Unido, como pediram uma deputada e centenas de milhares de pessoas: "se viesse ao nosso país, nos uniríamos contra ele", disse. "Concordo com ela em excluir as pessoas quando vão radicalizar os demais ou encorajar o extremismo. Mas estou em desacordo com ela sobre (excluir) Donald Trump", disse.


Trump, que aspira ser o candidato do Partido Republicano nas eleições presidenciais de 2016, recebeu uma chuva de críticas por sua proposta de "fechamento total e completo" das fronteiras aos muçulmanos, em particular do Reino Unido, país que utilizou como exemplo do fracasso da integração dos muçulmanos.

Mais de 560.000 pessoas assinaram um manifesto dirigido ao Parlamento britânico solicitando proibir a entrada do político, uma medida tomada ocasionalmente com pessoas cujos posicionamentos públicos são considerados uma incitação ao ódio. Além disso, o governo regional da região britânica da Escócia - de onde sua mãe era proveniente e onde tem dois campos de golfe - retirou o título honorário de embaixador comercial e uma universidade o de doutor honoris causa.

A nobel da Paz Malala Yousafzai, que é muçulmana e vive em Birmingham, condenou na terça-feira a "ideologia do ódio" de Trump durante uma cerimônia em memória das 134 crianças que morreram há um ano em um ataque dos talibãs no Paquistão. "A verdade é que é realmente trágico ouvir estes comentários que estão cheios de ódio, cheios de ideologia que discrimina", disse Malala à AFP.

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