Agência France-Presse
postado em 21/12/2015 13:45
O presidente argentino, Mauricio Macri, pediu nesta segunda-feira "a libertação imediata dos presos políticos da Venezuela", por ocasião do início, em Assunção, de uma cúpula do Mercosul. "Peço expressamente a todos os presidentes a libertação imediata dos presos políticos na Venezuela", disse o presidente argentino em sua estreia na união aduaneira.
[SAIBAMAIS]O país caribenho foi questionado por organizações de direitos humanos pela detenção de líderes políticos, cujos estandartes são os opositores Leopoldo López e Antonio Ledezma, por supostamente incitar a violência no país. "Nos Estados parte do Mercosul não pode haver espaço a perseguições ideológicas", prosseguiu Macri. "Minha visão da democracia vai munto além de ir às urnas a cada período de tempo. A democracia é uma forma de vida, um pacto de conivência, porque esta é a diversidade com a qual enriquecemos", acrescentou.
A Venezuela celebrou no dia 6 de dezembro eleições legislativas que deram uma grande vitória à oposição, que ficou com a maioria qualificada da Assembleia Nacional. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusou este resultado de ser um "golpe de Estado eleitoral" e prometeu aos seus seguidores defender a revolução chavista. "Chegou a hora de pedir um pouco mais à democracia", pediu Macri, um presidente de direita.
Lembrando as ditaduras latino-americanas do século XX, prosseguiu: "Agora, no século XXI, pedimos mais liberdade e compromisso com uma nova democracia".