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Oposição acusa regime sírio de ataque a civis com armas químicas

Nos últimos dias foram registrados combates em Muadamiyat al-Sham, onde existia um cessar-fogo desde dezembro de 2013

Agência France-Presse
postado em 23/12/2015 09:52
Damasco, Síria - Opositores sírios afirmaram nesta quarta-feira (23/12) que cinco pessoas morreram em um ataque com "gás tóxico" cometido na véspera pelas forças do presidente Bashar al-Assad ao sudoeste de Damasco.

"O regime de Assad voltou a utilizar armas químicas contra civis em Muadamiyat al-Sham", denunciou um grupo de ativistas da localidade, onde centenas de pessoas morreram em agosto de 2013 em um ataque similar. "Os aviões do regime lançaram barris explosivos com um gás tóxico que ainda não foi identificado ao sul da cidade", afirma o grupo no Facebook.

"Cinco pessoas morreram e outras sofrem com graves transtornos respiratórios", completa o texto do grupo, que publicou fotos e vídeos de pessoas com máscaras respiratórias, uma delas, ao que parece, de um uniforme.

Uma fonte das forças de segurança do país negou que o exército tenha utilizado armas químicas e afirmou que estas são "acusações sem fundamento". "O exército utiliza seu arsenal tradicional. São pretextos para justificar suas derrotas"", afirmou a fonte, que pediu anonimato

Nos últimos dias foram registrados combates em Muadamiyat al-Sham, onde existia um cessar-fogo desde dezembro de 2013. Muadamiyat al-Sham sofreu vários bombardeios e lançamentos de barris explosivos, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

O OSDH informou que os cinco mortos do ataque de terça-feira eram combatentes e que não era possível confirmar se foram vítimas de armas químicas. A coalizão da oposição síria denunciou no Twitter "casos de sufocamento entre os civis em Muadamiyat, subúrbio de Damasco, depois de um ataque com gás tóxico de Assad".

Em 2013, acusada de ter realizado um grande ataque com armas químicas na mesma localidade, a Síria aceitou desmantelar e entregar seu arsenal químico como parte de um acordo supervisionado pela Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ).

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A operação resultou na entrega de uma grande quantidade de armas químicas, incluindo gás mostarda e gás sarin.

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