postado em 25/12/2015 17:51
Guardas de fronteira israelenses mataram nesta sexta-feira uma palestina que tentou atropelá-los com um carro em um povoado da Cisjordânia ocupada, informou a polícia."Uma tentativa de atropelamento com carro contra guardas de fronteira no povoado de Silwad (noroeste de Ramallah) fracassou. Os guardas localizaram a terrorista (...), atiraram e a mataram".
As forças de segurança palestinas identificaram a mulher como Mahdiyah Hamad, de 38 anos, moradora de Silwad.
Pouco tempo antes, o Exército israelense havia matado a tiros um palestino próximo à barreira que separa a Faixa de Gaza de Israel, disse Ashraf al-Qudra, porta-voz do ministério da Saúde do enclave palestino.
Ao menos 40 palestinos ficaram feridos em confrontos com soldados israelenses em diversos pontos desta barreira, precisou o porta-voz.
Uma oficial do Exército hebreu garantiu que "centenas de palestinos" participaram destes confrontos.
"Tentaram danificar a barreira de segurança lançando blocos de pedra e pneus incendiados. As forças presentes responderam ao perigo de infiltração (no território israelense) pedindo (aos palestinos) que parassem e fazendo disparos de advertência, mas como prosseguia a violência e havia risco para as comunidades (israelenses) vizinhas, atiraram nos principais instigadores da violência"
Na quinta-feira, antes da Missa do Galo na igreja da Natividade em Belém, as forças de segurança de Israel mataram quatro palestinos na Cisjordânia, após ataques anti-israelenses e confrontos com militares.
O Papa Francisco pediu nesta sexta-feira, na tradicional mensagem "Urbi et Orbi" de Natal, que palestinos e israelenses retomem "um diálogo direto" para superar um conflito de "graves consequências" para o Oriente Médio.
"Onde nasce Deus, nasce a paz. E donde nasce a paz, não há lugar para o ódio, nem para a guerra. No entanto, justamente onde o Filho de Deus veio ao mundo, continuam as tensões e as violências, e a paz fica como um dom que se deve pedir e construir".
Desde o dia 1; de outubro, a onda de violência que sacode Israel e os territórios palestinos já provocou a morte de 131 palestinos - a maior parte agressores abatidos após ataques com armas brancas - e 19 israelenses, um americano e um eritreu, segundo levantamento da AFP.