Zeng Aiyun, graduado pela Universidade de Xiangtan, na província de Hunan (centro), foi condenado à morte em 2004 pelo assassinato de um colega de classe. Desde então, o veredicto foi derrubado três vezes e novos julgamentos foram encomendados, mas em dois deles, em 2005 e 2010, Zeng foi novamente condenado à morte.
O Tribunal Popular Intermediário de Xiangtan finalmente o absolveu por falta de provas no quarto julgamento, em julho. E na segunda-feira (28/12) concedeu a ele uma indenização de 1,27 milhão de yuan, segundo a agência oficial de notícias Xinhua.
O tribunal considerou que um outro estudante era o único assassino. Chen Huazhang, que já havia sido condenado à morte por cumplicidade, envenenou a vítima em razão de uma briga pessoal e colocou a polícia atrás de uma pista falsa para incriminar Zeng, de acordo com Xinhua.
Zeng Aiyun anunciou que não se contentará com a indenização e pedirá mais. O caso é emblemático dado o risco de erros judiciais na China, onde confissões forçadas são comuns e as absolvições raras. As execuções de pessoas inocentes não são excepcionais.
No final de 2014, um tribunal da região da Mongólia Interior (norte) pronunciou a absolvição post-mortem de um adolescente executado por engano há 18 anos. Ele foi absolvido nove anos depois de outro homem ter confessado ser o autor do assassinato de uma operária em 2005.