Agência France-Presse
postado em 03/01/2016 17:55
Havana, Cuba - A guerrilha das Farc negou neste domingo (03/01) que o aborto seja uma prática obrigatória em suas fileiras e que "o enfermeiro" Héctor Albeidis Arboleda, acusado pelas autoridades colombianas de realizar cerca de 150 abortos forçados em guerrilheiras, tenha feito parte do grupo rebelde.[SAIBAMAIS]
"Não foi nossa organização que lhes tirou o direito de serem mães, mas a guerra que nos impuseram os que detêm o poder", declarou o secretariado do Estado-Maior Central das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), em um comunicado postado no site de sua delegação de paz (www.pazfarc-ep.org).
No texto, as Farc defenderam o aborto regulado como um "direito fundamental" das guerrilheiras e negaram que a "contracepção obrigatória" seja uma regra na organização, como acontece em outros Exércitos do mundo.
A guerrilha destaca que "esse direito das combatentes é agora abrigado por regras que proíbem qualquer intervenção sem o consentimento da guerrilheira e determinam um tempo máximo de três meses para sua realização".