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Governo do Irã acusa Arábia Saudita de agravar as tensões e confrontos

A execução do clérigo xiita saudita Nimr al-Nimr provocou uma onda de revolta entre os dois países

Agência France-Presse
postado em 04/01/2016 08:06
Teerã, Irã - A Arábia Saudita deseja agravar as tensões e os confrontos na região, afirmou nesta segunda-feira o porta-voz da diplomacia iraniana, Hossein Jaber Ansari, em reação à decisão de Riad de romper as relações diplomáticas com Teerã.

A execução no sábado na Arábia Saudita do clérigo xiita saudita Nimr al-Nimr, muito crítico ao poder de Riad, provocou uma onda de tensão entre os dois países. "A Arábia Saudita baseia sua existência na continuidade das tensões e dos enfrentamentos, e tenta resolver seus problemas internos exportando-os ao exterior", disse Jaber Ansari.

A Arábia Saudita anunciou no domingo a ruptura das relações diplomáticas com o Irã após os ataques contar suas representações diplomáticas em Teerã e Mashhad, incendiadas no sábado. As autoridades "deram 48 horas aos funcionários da representação diplomática iraniana para abandonar o país", anunciou o chefe da diplomacia saudita, Adel al-Jubeir.

[SAIBAMAIS]Jaber Ansari disse que o Irã "respeita seus compromissos para proteger as representações diplomáticas, manter sua segurança e a de seus diplomatas".



Mais cedo, o governo iraniano afirmou que a decisão da Arábia Saudita de romper relações com Teerã, não provocará o esquecimento do "grande erro" da execução do clérigo xiita, informou a agência Irna. "Com a decisão de romper as relações, a Arábia Saudita não poderá provocar o esquecimento de seu grande erro de ter executado um líder religioso", Nimr Baqer al-Nimr, afirmou Hossein Amir Abdolahian, vice-ministro iraniano das Relações Exteriores.

No domingo à noite, a polícia saudita foi alvo de disparos na cidade natal do clérigo xiita Nimr al-Nimr, executado no sábado por "terrorismo", anunciou a agência oficial saudita SPA. A agência, que cita um porta-voz da polícia na Província Oriental, afirmou que as forças de segurança estavam à procura dos autores das "ações terroristas".

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