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EUA detém 121 imigrantes em primeira operação de 2016

Essas operações já eram esperadas desde o Natal, com o objetivo de expulsar do país imigrantes, em sua maioria centro-americanos, que ingressaram nos Estados Unidos depois de maio passado

Agência France-Presse
postado em 04/01/2016 17:46

Washington, Estados Unidos - As autoridades migratórias americanas detiveram, no final de semana, 121 adultos e crianças considerados imigrantes ilegais para serem deportados, durante a primeira de uma série de operações, informou, nesta segunda-feira, o secretário de Segurança Interna Jeh Johnson.

Os detidos -de um grupo que inclui famílias inteiras- "foram transferidos a albergues temporários do Serviço de Imigração e Alfândega, para receberem documentos de viagem e, posteriormente, serem colocados em voos de retorno a seus países de origem", afirmou Johnson em uma nota oficial.

Essas pessoas estão "em processo de repatriação", acrescentou o alto funcionário.

As operações da imigração americana durante o final de semana se concentraram nos estados de Geórgia, Texas e no norte da Califórnia, e "continuarão sendo realizadas na medida em que se considere apropriado".

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Essas operações já eram esperadas desde o Natal, com o objetivo de expulsar do país imigrantes, em sua maioria centro-americanos, que ingressaram nos Estados Unidos depois de maio passado e cujas solicitações de residência já tinham sido negadas por tribunais de imigração locais.

Segundo Johnson, estas ações "não devem ser uma surpresa para ninguém".

Desde o último verão boreal (junho a setembro), "estamos transladando e repatriando imigrantes da América Central em um ritmo mais acelerado, com uma média de 14 voos semanais", informou Jeh Johnson.

Na semana passada, ante uma consulta da AFP, o Departamento de Segurança Interna (DHS, em inglês) havia se limitado a informar que a normativa adotada pelo presidente Barack Obama em novembro de 2014 estabeleceu como prioridade a deportação de pessoas que já tenham recebido uma ordem judicial de expulsão.

No verão de 2013, os Estados Unidos viveram uma súbita onda migratória, com a chegada de milhares de crianças desacompanhadas dos adultos, principalmente da América Central, que fugiam da pobreza e da violência.

A crise chocou o país e obrigou o decreto de medidas de emergência ante um iminente desastre humanitário. O governo concentrou no DHS todas as tarefas de redesenhar sua segurança fronteiriça, fazendo baixar os números da onda migratória.

Em novembro de 2014, Obama havia anunciado um conjunto de decretos relacionados a medidas mais favoráveis para os imigrantes cujos filhos já tivessem uma situação regularizada, mas reforçou a política de deportação dos recém-chegados e daqueles com antecedentes criminais.

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