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Papa Francisco reitera apoio às negociações de paz na Colômbia

O Papa também falou dos desafios que muitas pessoas em todo o mundo enfrentarão em 2016 e descreveu como "significativa" e "emocionante" o desejo de paz e de alcançar acordos em diferentes países

Agência France-Presse
postado em 11/01/2016 15:37

Cidade do Vaticano, Santa Sé - O papa Francisco reiterou nesta segunda-feira seu apoio às negociações de paz na Colômbia ao se dirigir ao corpo diplomático do Vaticano durante a tradicional saudação do início do ano.

O pontífice argentino elogiou "os esforços do povo colombiano para superar os conflitos do passado e alcançar a paz" em seu discurso, no qual analisou os principais problemas e conflitos que assolam o mundo.

Francisco já havia encorajado em diversas ocasiões o processo de paz na Colômbia, como na tradicional bênção "Urbi et Orbi" (para a cidade e o mundo) de Natal, em 25 de dezembro.

Aos representantes de 180 países, Francisco fez um balanço do ano que passou e lembrou que "a misericórdia" foi o "fio condutor" de suas viagens apostólicas em 2015.

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O Papa também falou dos desafios que muitas pessoas em todo o mundo enfrentarão em 2016 e descreveu como "significativa" e "emocionante" o desejo de paz e de alcançar acordos em diferentes países e regiões do mundo, mencionando Colômbia, Chipre, República Tcheca e até mesmo a Síria e a Líbia.

"Espero que os antagonismos abram caminho à voz da paz e da boa vontade na busca de acordos", disse o pontífice.

As Farc e o governo da Colômbia iniciaram há três anos um diálogo para acabar com meio século de conflito armado.

Em dezembro, as duas partes deram um passo decisivo para a assinatura de um acordo de paz em Cuba, comprometendo-se a compensar as vítimas do conflito e punir os autores de crimes hediondos.

Não se exclui a possibilidade de este ano o Papa cumprir a promessa anunciada de visitar a Colômbia após a assinatura do acordo de paz no país, prevista para março deste ano.

O conflito armado na Colômbia envolve guerrilhas de esquerda, paramilitares, forças armadas e quadrilhas de traficantes, e de acordo com números oficiais já deixou mais de 220.000 mortos e cerca de seis milhões de deslocados.

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