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Cerca de 400 pessoas precisam ser retiradas com urgência de Madaya

Os embaixadores dos 15 países integrantes do Conselho foram informados sobre a situação na Síria pelo responsável de operações humanitárias da ONU, Stephen o'Brien

Agência France-Presse
postado em 12/01/2016 07:00
Nova York, Estados Unidos - Ao menos 400 civis da cidade síria sitiada de Madaya "necessitam ser evacuados de maneira urgente", informou na segunda-feira (11/1) o embaixador da Nova Zelândia nas Nações Unidas, Gerard van Bohemen. O diplomata se expressou ao final da rodada de consultas no Conselho de Segurança da ONU sobre a situação nesta cidade ocupada por grupos rebeldes e cercada há seis meses pelas tropas leais ao regime do presidente Bashar al Assad, à qual nesta segunda-feira chegou um primeiro comboio de ajuda humanitária.

Situação de miséria em Madaya: desespero

Os embaixadores dos 15 países integrantes do Conselho foram informados sobre a situação na Síria pelo responsável de operações humanitárias da ONU, Stephen o;Brien. Van Bohemen não precisou as razões de seu pedido urgente de evacuação, limitando-se a assinalar que as pessoas envolvidas estão em "situação crítica".

[SAIBAMAIS]A população de Madaya está faminta após seis meses de sítio, segundo organizações humanitárias. "É importante destacar que sitiar (uma população civil) com o objetivo de fazê-la passar fome é um crime de guerra", destacou o embaixador espanhol Román Ozargún Marchesi, que qualificou de "positiva" a autorização de Damasco para que Madaya seja abastecida.



Espanha, Nova Zelândia e França solicitaram a realização desta rodada de consultas do Conselho, que "continuará monitorando a situação", segundo o diplomata espanhol.

O regime concordou, na semana passada, em autorizar a entrega de alimentos em Madaya, o que também será permitido em outros povoados sitiados e controlados por rebeldes. Os primeiros caminhões com alimentos e medicamentos chegaram nesta segunda-feira a Madaya. "Deve ser um início, e não apenas uma operação pontual", disse Gerard van Bohemen.

Ao menos 400 mil pessoas vivem em zonas sitiadas por tropas do regime ou por grupos armados rebeldes e não podem receber abastecimento, segundo a ONU.

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