[SAIBAMAIS]Augustine Junisa, responsável distrital de Saúde de Magburaka, disse aos jornalistas que serão efetuados mais testes ao longo do dia de hoje, visando avaliar se os familiares foram contaminados. Ela apelou à população da região, estimada 40 mil habitantes, para que se mantenha calma.
"Podemos confirmar um caso de Ebola em Serra Leoa", disse a OMS em um comunicado, depois de analisar o caso de uma mulher de 22 anos que ficou doente em uma localidade próxima à fronteira com a Guiné e que morreu há três dias.
A confirmação surgiu horas depois de a OMS ter dado por encerrada a epidemia de Ebola na África Ocidental, vírus que, identificado pela primeira vez há quatro décadas, afetou 28.637 pessoas e matou 11.315 delas. Iniciada em dezembro de 2013 na Guiné-Conacri, a epidemia propagou-se depois aos vizinhos Libéria e Serra Leoa, países que concentraram 99% dos casos, além da Nigéria e Mali.
No comunicado da última quinta-feira (14/1), a OMS admitiu, porém, que o balanço está subavaliado e advertiu que o risco persiste porque o vírus permanece em certos líquidos corporais de sobreviventes, principalmente no esperma, onde pode subsistir até nove meses.
Na quarta-feira (13/1) , o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, admitiu a possibilidade de o vírus poder reaparecer "nos próximos anos", mesmo que a sua amplitude e frequência devam "diminuir" com o tempo.
A Libéria foi o primeiro país a ser declarado "livre da transmissão" de Ebola, em maio de 2015, enquanto em Serra Leoa isso ocorreu em 7 de novembro último. Na Guiné-Conacri, anúncio semelhante foi feito a 29 de dezembro.