Um grupo de arqueólogos começou nesta terça-feira (19/01), a pedido da justiça da Argentina, os trabalhos de exumação de uma fossa comum no centro de Espanha contendo os corpos de cerca de vinte pessoas fuziladas pela ditadura de Franco após a Guerra Civil (1936-193 ). "Começamos às 9h00 (06h00 de Brasília). Estamos fazendo o trabalho preliminar, retirando a terra para ver se encontramos a vala", explicou à AFP Marco González, líder da equipe da Associação para a Recuperação da Memória Histórica (ARMH), que realiza o trabalho no cemitério de Guadalajara (Castilla-La Mancha, centro).
A exumação foi solicitada pela juíza federal argentina Maria Servini de Cubria, que lidera uma investigação desde 2010 por crimes cometidos durante a guerra civil e a subsequente ditadura de Franco (1939-1975). A juíza solicitou a abertura da fossa há dois anos, depois do testemunho em Buenos Aires de Ascensión Mendieta, de 90 anos, cujo pai, Timoteo Mendieta, é supostamente uma das 22 pessoas enterradas na cova.
A juíza ordenou a exumação a fim de obter uma amostra de DNA e compará-lo com o da senhora. Timoteo Mendieta, açougueiro de profissão, foi fuzilado no final de 1939, após um julgamento sumário no qual afirmou que havia lutado do lado republicano e que era presidente da UGT desde 1937.