Mundo

Uma em cada nove crianças no mundo vive em zonas de conflito, diz Unicef

A agência da ONU indicou que precisará em 2016 de US$ 2,8 bilhões (2,6 bilhões de euros) para ajudar as crianças

postado em 26/01/2016 14:42
Cerca de 250 milhões de crianças no mundo, o equivalente a uma em cada nove, vivem em países afetados por conflitos, informou hoje (26) o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A entidade pede perto de US$ 3 bilhões para ajudar as mais vulneráveis.

;O número de crianças envolvidas nas crises humanitárias em todo o mundo é impressionante e consternador;, destacou o Unicef.

A agência da ONU indicou que precisará em 2016 de US$ 2,8 bilhões (2,6 bilhões de euros) para ajudar as crianças.

Segundo o Unicef, seu orçamento duplicou em três anos, com os conflitos e as condições meteorológicas extremas que forçaram um número crescente de crianças a deixar suas casas e a expor milhões a graves falhas alimentares, à violência, às doenças e aos abusos.

;Cerca de uma criança em cada nove no mundo vive atualmente nas zonas de conflito;, destacou o Unicef num comunicado. No ano passado, essas crianças ;tinham um risco duas vezes maior de morrer de doenças que poderiam ser evitadas antes dos cinco anos;.

A verba pedida pelo Unicef permitiria ajudar 76 milhões de pessoas, entre as quais 43 milhões de crianças, em 63 países.

A maior parte da ajuda ; perto de R$ 1,2 bilhão ; será dedicada à Síria, devastada por uma guerra civil de cinco anos, e aos cerca de 4 milhões de sírios refugiados nos países vizinhos, indicou.

A agência disse ainda que um quarto da ajuda que pretende prestar se destina à educação das crianças em situação de emergência, com o objetivo de fazer aumentar o seu número de 4,9 milhões em 2015 para 8,2 milhões este ano.

Foi provado que ;se uma criança não vai à escola durante cinco anos, perde-se uma geração;, declarou à imprensa Sikander Khan, um dos diretores do Unicef.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação