Agência France-Presse
postado em 04/02/2016 14:55
Washington - O presidente Barack Obama pediu nesta quinta-feira que os pré-candidatos às eleições presidenciais do país não cedam ao medo que "paralisa", em meio a uma campanha eleitoral onde a ameaça do grupo Estado Islâmico (EI) ocupa um lugar-chave. "Os desafios que enfrentamos não são únicos. As ameaças em épocas anteriores, guerras civis e guerras mundiais, devem nos ajudar a pôr tudo em perspectiva", disse Obama durante um tradicional café-da-manhã que reúne, anualmente, democratas e republicanos em Washington.
"O medo pode fazer coisas curiosas", afirmou.
"Pode nos impulsionar a atacar àqueles que são diferentes, a sucumbir à falta de esperança, à paralisia e ao cinismo. Pode ser contagioso e suas consequências podem ser piores do que a própria ameaça", acrescentou.
O presidente também destacou o lugar importante que a religião tem na motivação de suas decisões políticas e destacou que, para ele, era "um remédio valioso ante o temor".
Também insistiu na necessidade de respeitar todas as religiões nos Estados Unidos, "da mesma maneira que pedimos a outros países para respeitar os direitos das minorias religiosas".
Na quarta-feira, durante sua primeira visita a uma mesquita americana depois de sua chegada ao poder, Obama advertiu sobre a "retórica do ódio" contra os muçulmanos.
Sem citar nomes, o presidente fez referência a seus rivais republicanos, como o magnata Donald Trump, que relacionam "os atos terroristas a uma religião".