Agência France-Presse
postado em 09/02/2016 17:48
A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) anunciou nesta terça-feira, em Roma, estar preparada para contribuir com a luta contra o vírus zika, principalmente na América Latina.O diretor-geral da entidade, Graziano da Silva, brasileiro, ofereceu "os recursos e a experiência da FAO" para dar uma resposta coordenada e minimizar a ameça do vírus nos países afetados.
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Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o vírus irá se espalhar por todo o continente americano, à exceção de Canadá e Chile.
A FAO e a OMS consideram fundamental para conter a propagação da doença "o controle das populações de mosquitos nas áreas afetadas e naquelas em risco", afirma o comunicado.
"Como organização líder das Nações Unidas para a saúde animal e o controle de pragas, a FAO pode ajudar os países afetados com intervenções específicas", advertiu a agência especializada.
"Ao mesmo tempo, garante que as pessoas e o meio ambiente não vejam sua saúde ameaçada nem enfrentem outros riscos derivados do uso inadequado de produtos químicos potencialmente perigosos", acrescenta.
Entre os conselhos imediatos e simples que a entidade oferece está o de "eliminar a água parada que o mosquito utiliza para se reproduzir. As comunidades afetadas devem ser incentivadas e ajudadas, para garantir que os recipientes que os animais usam para beber água sejam esvaziados semanalmente".
A FAO pede, "com firmeza, que se tenha um grande cuidado no uso intensivo de inseticidas, a fim de garantir a inocuidade para os seres humanos e proteger a cadeia alimentar de qualquer contaminação".
"Estamos em situação de oferecer apoio aos países e regiões afetadas, para combater a propagação do vírus zika", anunciou a agência especializada da ONU.
A FAO, em um programa conjunto com a OMS, criou uma série de recomendações sobre a gestão adequada de inseticidas.
A experiência da FAO no campo das ameaças de origem animal à agricultura e saúde devido às mudanças climáticas, aos ecossistemas agrícolas e às políticas de uso da terra, principalmente na África, "pode ser útil para os países da América Latina", diz a organização.
A FAO conta com especialistas para analisar os movimentos e as mudanças nos habitats dos mosquitos que transmitem o vírus aos seres humanos.