Paris, França - Eagles of Death Metal, o grupo americano que tocava na casa de espetáculos Bataclan de Paris na noite de 13 de novembro, volta nesta terça-feira aos palcos parisienses com um show tomado pela emoção e para o qual foram convidados os sobreviventes do massacre.
Apesar das fortes medidas de segurança previstas e do anúncio da presença de psicólogos, o vocalista da banda Jesse Hughes disse que será um show de rock normal.
"Para mim, o rock;n;roll sempre foi algo divertido. Não vou deixar que ninguém me tire isso", afirma.
"Mas tenho medo, realmente tenho medo", admite, com lágrimas nos olhos.
[SAIBAMAIS]"Espero ser capaz de entrar no palco e ser mais forte do que sou agora. Não quero desabar diante de todo o mundo, não quero decepcionar ninguém, é o que me dá mais medo", explica.
"Eles não me abandonaram", acrescenta, referindo-se aos fãs.
Hughes também recorda um dos momentos mais estranhos durante o tiroteio. "Estava fugindo para me salvar em uma ruela e vi uma pessoa ao meu lado, que tinha dificuldades para andar. Sangrava muito nas costas, não sei o que aconteceu depois. Mas lembro que ele me disse: ;Francamente, teu último show foi muito melhor;".
"É preciso ser incrivelmente corajoso para fazer uma piada assim. É o exemplo que tentarei seguir".
O grupo californiano retomou no sábado sua turnê internacional que foi brutalmente interrompida com os atentados que deixaram 130 mortos em Paris, sendo 90 na casa de espetáculos em que se apresentava.
O Eagles of Death Metal (também conhecido pela sigla EODM) se apresentará no mítico Olympia de Paris, na presença de sobreviventes da matança e parentes das vítimas, que foram convidados pela produção.
No início de dezembro, o EODM interpretou duas canções no show do U2 em Paris, mas a apresentação desta