Agência France-Presse
postado em 17/02/2016 17:02
Washington, Estados Unidos- Os ataques aéreos da Rússia e do regime sírio não diminuíram e podem, inclusive, ter sido intensificados, apesar do acordo internacional para um cessar de hostilidades na Síria no final desta semana, afirmou um porta-voz militar americano nesta quarta-feira."Seus bombardeios mantêm um alto ritmo", afirmou a jornalistas, em Bagdá, o coronel Steve Warren, porta-voz das forças armadas americanas.
"Não vimos uma diminuição da intensidade. Em todo caso, tem aumentado", completou.
Warren disse que militares americanos haviam detectado um aumento no uso de aviões táticos, lançamentos de mísseis de curto alcance e de bombas de barril lançadas por helicópteros sírios.
"Esta indiferença ante as vítimas civis só complicam a situação e prolongam o sofrimento dos civis", acrescentou.
Em uma reunião internacional na cidade alemã de Munique, na sexta-feira, a Rússia, assim como outros 16 países, aceitou um "cessar de hostilidades" na Síria e a permissão da entrada de ajuda humanitária às cidades sírias assediadas.
Mas, na segunda-feira, cinco instalações médicas e duas escoltas foram bombardeadas em uma região perto da cidade de Aleppo, no norte do país, onde o regime sírio realizou uma ofensiva militar com a ajuda da Rússia.
A ONU, que denunciou os ataques e os qualificou de "violações flagrantes do direito internacional", contabilizou 50 mortos.
A Rússia negou qualquer responsabilidade por estes ataques.
"Não está claro para nós se foi um avião russo, um avião sírio ou um míssil russo ou um míssil sírio", acrescentou. "Mas o que sabemos é que houve ataques nessa zona e que hospitais foram bombardeados", informou o porta-voz.