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Para combater Zika, papa Francisco sugere uso de anticoncepcionais

O papa defendeu métodos contraceptivos como um "mal menor" para combater a incidência da doença, mas criticou o aborto

postado em 18/02/2016 16:43

O papa defendeu métodos contraceptivos como um

Em uma entrevista coletiva no avião que o levou do México para o Vaticano, o papa Francisco defendeu métodos contraceptivos como um ;mal menor; para combater a disseminação do vírus Zika, mas criticou o uso do aborto para evitar o nascimento de crianças com microcefalia.

"O aborto não é um problema ideológico, é um problema humano, um problema médico; é matar uma pessoa para salvar outra, no melhor dos casos, ou para deixá-la bem. É um mal em si mesmo", declarou o Pontífice.

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Contudo, segundo Jorge Bergoglio, não se deve confundir o ;mal para evitar a gravidez; com a interrupção da gestação. "Sobre o mal menor, evitar a gravidez, falemos em termos de conflito entre o quinto e o sexto mandamentos [;não matar; e ;não pecar contra a castidade;]. Paulo VI, o grande, em uma situação difícil na África, permitiu às freiras o uso de anticoncepcionais em casos de violência", declarou Francisco aos jornalistas presentes em seu avião.

No início de fevereiro, o alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra;ad Zeid Al Hussein, havia pedido a revogação de leis que limitassem o acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva, inclusive ao aborto e à contracepção de emergência, para fazer frente a disseminação do Zika, que pode causar microcefalia em fetos.

Além disso, no Brasil, algumas personalidades, como o ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão (PSB-RJ), defendem que as mulheres tenham direito de interromper a gestação de fetos com malformação cerebral.

"Evitar a gravidez não é um mal absoluto. Em certos casos,anti como esse do vírus Zika ou aquele que mencionei, do beato Paulo VI, isso fica claro", ressaltou o Papa.

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